Momentos. Reminiscências. Vivências. Sentimentos. Lugares. Pessoas. Músicas. Poesias. Livros.

segunda-feira, setembro 12, 2011

MUDANÇAS

Organização nunca foi o meu forte, desde sempre.
Um dia li que pessoas criativas não conseguem ser organizadas - o que não quer dizer, de forma alguma, que pessoas organizadas não são criativas, antes que alguém resolva me xingar!!!!
Pois é, eu não sou organizada. Tudo bem que nem ando tão criativa assim, mas definitivamente, não sou organizada.
Criei este blog como um diário virtual para minhas aulas de teatro em Goiânia. Ele ultrapassou o objetivo inicial, e se transformou no "meu" blog. Mas agora "cresci", e quero um blog com meu nome. Então, criei o Lucemary Peres. Lá coloquei quase todos os meus textos do blogger, de todas as tentativas que já fiz - daqui, do Cotidiano Em Cena, do Utopias e Afins. Só não coloquei ainda os textos do Pipoca e Coca Cola. E lá, a partir de hoje, vai ser minha casa. Minha única casa - exceto o diário do meu desafio do Um Ano Sem Cartão. E lá, na minha nova casa, espero vocês com uma xícara de chá, um café quentinho, um pão de queijo virtuais... e meus textos a partir de agora.

=D

http://www.lucemaryperes.blogspot.com/

Sejam bem vindos!!!!

Bandeira dois

Mãe leonina, pouco possessiva.
Único filho homem, caçula, 19 anos. Segundo as irmãs, o dodói da mamãe. Nunca namorou - pelo menos, nunca apresentou uma namorada à família.
Aproveitando a família toda reunida, imagina que a mãe vai manter a compostura ao saber do namoro, sem bancar a madrasta da Branca de Neve e conta que está, sim, namorando.
A mãe não só sobrevive à notícia como reage muito mais civilizadamente do que o esperado. Animado com isto, o "baby" aproveita:
"- Então, mãe... empresta o carro pra buscar a namorada pro evento da irmã?"
"- Não, que você não tem carteira. Mas vou com você buscá-la..."
"- Era a isso que me referia, mãezinha!! Sete e quinze está bem?"
...
As 19:15 pontualmente saem da garagem para buscar a moça. O filho indicando o caminho, segundo o que informaram. Ele também não sabia o endereço exato. Param para perguntar a um transeunte:
"- Quem vocês procuram????", cara de mau.
"- Fulana, minha amiga", responde a mãe. E se disser que é a namorada do filho e ali, naquele bairro não gostarem de moços de fora que namoram as moças locais??? Imagina que vai colocar seu filhinho em risco!!!
"- Só seguir reto, na segunda esquina."
Em frente à casa, o filho, gentil, desce e abre a porta traseira para a namorada entrar. Incontinenti, entra junto.
"- Mãezinha, a senhora não se incomoda se eu for aqui também não, né?"
...
"-Ah, mãezinha, eu  não quis que ela se sentisse sem graça..."
...
Filho, uma lição pra todo o sempre: ao apresentar a namorada para a mãe (no caso, a sogra) NUNCA, mas nunca mesmo, a transforme em motorista de táxi, sob o risco de ter a vida transformada em inferno para todo o sempre no caso de casamento com a candidata em questão... sorte que sua mãe é uma pessoa muito gentil, bem humorada, inteligente e com jogo de cintura (acima de tudo, modesta) e não guardou mágoas (depois dos hematomas que deixou em você).

domingo, setembro 04, 2011

"Deste lugar...

...que divido com minha filha


e com as formigas, olho o mar,

ouvindo Osvaldo Montenegro:

“eu amava como jamais poderia se soubesse como te encontrar”...

Assim, o meu amor.

Busco meu homem, perdido em algum lugar

nesse mundo sem esquinas.

Ruas e ruas caminhei, e continuo, incansável,

sem chegar à esquina, aquela,

onde vou topar com meu amado.

Se até Marcinha encontrei

numa esquina do pelourinho!

Estrangeira em meu corpo,

porque não vislumbro

o vulto do meu amado

a esgueirar-se das sombras

nessa esquina em que me encontro agora?

Ou na próxima?

Que não tarde, apenas.

A angustia toma conta de mim

E não quero ser a mulher triste,

melancólica , cansada,

quando esse encontro acontecer.

Quero ser luz,

Alegria, acalanto.

Colo onde meu amor

possa se fartar,

e se recostar,

e permanecer."




Ataque de inspiracao. Cansei.


Postado em 26/06/2004  em http://www.tialux.flogbrasil.terra.com.br/

quarta-feira, agosto 24, 2011

Caminho das Indias

Esta foi a novela exibida no horário das 21:00h pela Globo, de janeiro a setembro de 2009, e que relatava as agruras e alegrias da heroína Maya - que é também o nome de minha filha mais nova.
Paula, a filha mais velha, morava comigo na Bahia. Uma noite chego em casa cansada e acabada, quase nove da noite. Na cozinha, ela está envolvida com o preparo de uma comidinha gostosa (ela é muito boa nisto!), vou até lá dar um beijo e estranho a expressão de seu rosto.
"- Filhota, tudo bem?"
Silêncio, cheio de infinitas interpretações possíveis pela expressão que ela faz.
"- Filha, fala logo."
Ela me olha um olhar indecifrável, algo entre pena e choro contido, os olhos brilhando pelas lágrimas represadas, e ainda não diz nada.
"- É melhor eu me sentar?"
"- Senta, mãe. É melhor."
Meu coração disparou, parou, disparou novamente, senti o sangue congelar, o tempo parar, perdi a sensação das pernas... revivi, instantaneamente, a dor da perda recente de meu pai, a cabeça rodando a mil e pedindo a Deus que não fosse nada que eu não pudesse suportar, listando em um átimo cada membro amado da família, todos longe, cada um num lugar diferente, o que teria acontecido? Com quem? A voz veio num fio, meio sussurrada, meio "miada":
"- Não queria ser eu a te falar..."
Fiquei olhando em silêncio, o coração aos pulos, o sangue gelado.
"- Ah, mãe, mas não é justo, não é justo!"
Continuei estática, esperando a notícia que, a esta hora eu já sabia, não poderia ser boa.
"- Ah, mãezinha, não acho justo... todo mundo sabe, todo mundo tá falando, só a senhora ainda não sabe... não acho justo fazer isto com a senhora..."
Calada eu estava, calada continuei, esperando a bomba.
"- Mãe, a Maya tá grávida."
Como assim, grávida? Grávida? Mas a Maya não tem namorado, tá fazendo faculdade, como grávida? A Maya, grávida? Como assim, grávida? Estas palavras ficaram rodando na mente, no coração, na alma. Não me lembro agora se falei algo, se fiquei calada, se chorei. Acho que ainda estava tentando me encontrar depois do baque pra identificar o que estava sentindo, quando ouço:
"- E isto não é o pior, mãe."
Como assim, não é o pior? A Maya, sozinha em Curitiba, sem namorado, a Maya, tão menininha, no primeiro ano da faculdade, a Maya, grávida. E não é o pior?
"- Sabe, mãe, o pior... o pior é que ele fugiu."
Putz. Minha nenem, grávida, sozinha longe de mim, e ele fugiu. Que sacana é este? Ah, os homens, maldigo-os todos, o mundo gira, o tempo avança, mas algumas coisas não mudam... nem tenho tempo de verbalizar minha ira, minha revolta, Paulinha, na minha frente já não consegue se segurar:
"- Mãezinha, o Bahuan fugiu pros Estados Unidos!"
...
Esta é minha filha: além de muito boa na cozinha, excelente escritora e jornalista, é atriz impecável. E de criatividade ímpar! Só eu sei o que a Globo está perdendo.
Reparem no olhar de "arrá, eu vou aprontar!" da Paula.


quinta-feira, agosto 11, 2011

Crenças *

Na natureza, as cores são diferentes - mas combinam entre si e completam-se.
As notas musicais são distintas, embora combinem entre si e completem-se.
Assim as pessoas.
Algumas acreditam em “ter”, outras em “ser”.
Algumas em ídolos, outras em fadas e duendes.
Algumas na fragilidade do ser humano, outras na força de sua alma.
Algumas acreditam que o amor é construído dia a dia,
sólido como uma muralha.
Outras, que ele acontece sem aviso prévio,
real e intangível como o mais lindo arco íris após a chuva.
Uns acreditam que a vida tem que ser planejada,
outros que ela tem que ser vivida dia a dia.
E nessas diferenças é que as pessoas se encontram,
combinam entre si e completam-se.
Já pensou que tédio se todos fossem budistas, petistas, corintianos?
Qual seria a graça da vida?
Eu, por minha vez, acredito em viver. No bom humor. Em sonhar.
Acredito em amor à primeira vista,
e também que o tempo é o melhor remédio...
acredito em anjos, e em amizade verdadeira.
E acredito que meu signo combina com o seu.

 
*Resgatando textos antigos

terça-feira, julho 26, 2011

Recuerdos de Porto


Vini e seu mangá



Lambe-lambe no brique, não é fofo???

Recantos do Parque da Redenção


Não é o máximo???
Uma torre de água quente
para abastecer os chimas em trânsito...

Artistas fazendo propaganda do show...

Água pro chimarrão

Campanha fortíssima da Pepsi
junto aos gaudérios de PoA

Minhamiga linda de viver...


Brique da Redenção,
onde se juntam todas as tribos...
e a gente passa um domingo delicioso.

Quintana, paixão eterna.

Elis, saudosa, outra paixão.

quarta-feira, julho 20, 2011

"Todos os meus dias são dos meus amigos!" *

Oswaldo Montenegro, em "A Lista", nos convida a fazer um balanço de nossos amigos: "de todos os que mais víamos há dez anos quantos ainda vemos todos os dias? Quantos não encontramos mais? E termina perguntando: "Quantas pessoas que você amava hoje acredita que amam você?"
Apesar de constar entre meus preferidos desde sempre, não gosto desta pergunta. Prefiro assim: "Quantas pessoas você amava e ainda permanecem em seu coração?"
E aí começa a minha lista, que não vou colocar aqui pra não correr o risco de esquecer alguém, já que posto rapidamente e sem rascunho... mas definitivamente constato que, de todas as pessoas que eu amava há dez anos, todas ainda moram em meu coração - mesmo aquelas que o tempo e a distância impedem que eu encontre amiúde.
Neste tempo outras pessoas foram chegando, algumas apenas transeuntes na minha vida, mas algumas definitivamente pra ficar. E o que percebi é que o tempo se torna escasso, e não posso mais me dedicar como gostaria a cada um. Não posso, por exemplo, cantar a plenos pulmões nos karaokês com Vera, que hoje mora em Rio Branco. Não posso ter conversar infindáveis com Cloé ou Luciane, nem sentar nos bares da vida com Gisele ou ficar em volta do chimarrão com Solange e Cláudia. Não posso mais sonhar acordada com Lylia. Tanta coisa não posso mais com tantos amigos!!! Tanto tempo me falta... mas tanto amor me transborda! Ainda bem que em tempos de internet consigo saber de cada um, e lembrá-los, de vez em quando, que vivem no meu coração.



*Emprestado do status da Verônica Macedo no FB.

terça-feira, julho 19, 2011

Vinte de Julho

Dia do amigo - apenas uma data no calendário???
....
A Lista - Oswaldo Montenegro


Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...

Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...

Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?

Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?

Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?

Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?
.....

Fiz minha lista e quer saber? O resultado foi positivo.
De todos que eu amava, ainda amo a maioria. E sei que muitos me amam também.
=)
Feliz dia do amigo!